‘Fukushima e pandemia derivam do capitalismo’
Dez anos após acidente nuclear no Japão, analista político e autor japonês Sabu Kohso fala sobre lições que podem ser tiradas da tragédia tripla e o futuro pós-pandemia.
Por Juliana Sayuri
De Toyohashi (Japão)
(Para DW Brasil – 11/3/2021)
(Uol)
11 de março de 2011: um terremoto de magnitude de 9,1, um tsunami com ondas de mais de 10 metros de altura e o maior acidente nuclear do século 21. Dez anos atrás, a tragédia tripla assolou a província japonesa de Fukushima.
11 de março de 2020: a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara a pandemia de covid-19, que se tornou o maior desafio global de saúde pública ainda em curso.
Para o analista político e ativista anticapitalismo Sabu Kohso, não estamos vivendo uma mera sucessão de crises, mas uma sinergia de desastres que derivam do modelo de desenvolvimento capitalista, que, a despeito dos impactos ecológicos, segue pautado pela exploração do planeta.
“Tanto a radiação quanto a pandemia nos afetam fatalmente”, diz Kohso, japonês radicado em Nova York e autor do livro Radiation and Revolution, que trata da relação entre energia nuclear, ordem global e resistência da sociedade civil. É, nas suas palavras, “um livro que busca esperança na escuridão”. […]

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