O revival de Stálin
Por Juliana Sayuri
De Toyohashi (Japão)
(Para Folha de S.Paulo – 19/12/2019)
Resumo
Discussões sobre o legado do líder da antiga União Soviética agitam setores de esquerda no Brasil e em outros países. Enquanto uma ala defende méritos do revolucionário comunista no combate contra os nazistas, outros veem a negação de seus crimes como terraplanismo ideológico.
Um espectro ronda a esquerda, o espectro do stalinismo.
O clichê, inspirado na célebre frase de abertura do “Manifesto Comunista” (1848), tem razão de ser: Josef Stálin (1878-1953), que faria aniversário na quarta (18), volta a ter seu legado discutido e reabilitado nas redes sociais, tanto no Brasil como em outros países.
Nos dias 26 e 27 de novembro, a editora NovaCultura.Info, da URC (União Reconstrução Comunista), promoveu o evento “140 anos do camarada Josef Stálin” na FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo), a fim de celebrar o aniversário do revolucionário comunista —cerca de 70 pessoas participaram da atividade.
Nascido em Gori, na Geórgia, Josef Vissarionovitch Djugashvíli adotou o famoso pseudônimo em 1913 —em russo, “Stálin” remete a “feito de aço”. Após a morte de Vladimir Lênin (1870-1924), ele governou a URSS de meados da década de 1920 até a sua morte, 33 anos depois. […]

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