‘Precisamos construir a ideia de que a esquerda é uma alternativa agora’, diz Sabrina Fernandes
Por Juliana Sayuri
De São Paulo
(Para The Intercept Brasil – 5/6/2019)
2013 não acabou. As jornadas abriram um capítulo na história que, até agora, desperta discussões calorosas no Brasil. Entre as manifestações de junho de 2013 e as eleições de outubro de 2018, declarou-se o fim da “velha política” e a hora da “nova política”.
Mas o velho não morreu e o novo não nasceu. Ou, como diz o filósofo italiano Antonio Gramsci (1891-1937): “O velho está morrendo e o novo não pode nascer; neste interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparece”.
Este é o ponto de partida da socióloga Sabrina Fernandes em seu livro de estreia, Sintomas mórbidos: a encruzilhada da esquerda brasileira (Autonomia Literária, 2019). Nele, a autora – hoje pesquisadora na Universidade de Brasília – analisa a ascensão da extrema-direita, o fenômeno da pós-política e a fragmentação das esquerdas no país. […]

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